segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Enem: o que eles acham que somos?

Este final de semana quando eu fui fazer a minha prova do enem, não imaginava que daria toda esta confusão. O que eles acha que somos? Marionetes estudantis nas mãos destes desocupados que acham que porque somos estudantes não temos mais nada do que fazer alem disso? Estou muito descepcionado com o que aconteceu neste final de semana. O governo do Ceará está pedindo a anulação do Enem no estado, por achar que seus estudantes e outras pessoas que fizeram a prova também estão saindo prejudicados com esta historinha que está se repentindo.
Na minha opinião esles estão certinhos em fazer isso. Aconteceu o ano passado, este ano e até quando mais? Pense e reflita.
Segundo a advogada Edivânia Vieira, quem fez as provas neste fim de semana podem recolher até as reportagens veiculadas na imprensa sobre os erros de impressão para entrar com pedido de reparação de danos materiais e morais na Justiça Federal, como anulação do exame e restituição financeira.
"Como justificar os erros primários cometidos pela organização? O estudante pode entrar com ação judicial pelo estresse que sofreu, pelo ano de estudo investido que pode ser perdido. E as reportagens servem para embasar o pedido", explica Edivânia. Além do primeiro item, o caderno de prova e o depoimento de testemunhas (em especial de colegas de sala) também conta.
Enfim esta confusão toda porque dizem que o Inep conferiu as provas.
A única coisa que acredito é que este exame está se tornando uma enorme falta de respeito à todos aqueles que querem aperfeiçoar os seus conhecimentos.
Nós não somos palhaços de ninguém!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Masturbação, como colocar a camisinha e a primeira relação sexual

Ahh!!! A camisinha...

É realmente interessante relembrar todo esse momento de descoberta, medo, ansiedade e tudo no que diz respeito a primeira vez que conhecemos a famosa camisinha. Lembro que a primeira vez que vi uma camisinha na vida foi na carteira do meu tio. Já tinha ouvido falar, visto nos livros, na TV e ate meus pais já tinha falado comigo sobre a importância de usa-la. Mas ver, nunca tinha visto. 
Naquele dia esperei meu tio sair de casa e corri pro quarto dele e literalmente roubei a camisinha dele rs. Naquele dia estava sozinho em casa e finalmente podia matar minha curiosidade, ou melhor, podia experimentar minha curiosidade. Como será uma camisinha? Como é colocar um saco no pênis? Dá pra sentir alguma coisa?
Imediatamente corri para o banheiro e fechei a porta. Trancado lá dentro meu coração disparava pela curiosidade de saber como seria tudo aquilo. Logo que abri a embalagem percebi que era muito gosmento e aparentemente não era nada legal. Lembro que de tanta curiosidade e excitação que possuía nem precisei de estimulo algum para ter o meu pênis na forma"positivo e operante". Deslizei lentamente a camisinha pelo meu pênis me sentindo incomodado. Que coisa apertada!!! Por alguns instante parei  e fiquei olhando, apenas olhando meu pênis literalmente encapado. O tesão era tão grande que nem precisou muito tempo de masturbação para meu sémen jorrar. Ahhhh!!!!
Enfim, o relaxamento. Relaxamento nada!!!! E agora o que eu faço com isso? Nossa! Tô ferrado. Não sei o que fazer com isso. Meu tio vai perceber que a camisinha sumiu. Vai saber que fui eu e pior vai contar pra minha mãe. Ai meu Deus, e agora!!!
Naquele momento me sentir como um assassino que precisava ocultar o cadáver para não ser descoberto. É muito engraçado isso. Na hora do tesão nunca lembramos que depois de acabar o serviço vamos ter que nos limpar rs. Depois do desespero lembrei que a única forma de ninguém descobrir, principalmente minha mãe, era ocultar o cadáver ou melhor a camisinha. Corri para os fundos da casa e cavei um buraco o mais fundo que pude. O medo naquela hora e intenso e nunca cavei tão rápido um buraco com medo de alguém chegar em casa. Finalmente enterrei e respirei calmamente. Calmamente ate lembrar que o povo ia chegar em casa e ia perceber que no fundo da casa um buraco foi feito, Como? Meu desespero voltou e então tive que providenciar artefatos, como madeira e folha para cobrir o local do crime kkkkkk. Enfim, todos chegaram em casa e ninguém notou diferença alguma. Exceto meu tio que no dia que precisou ficou procurando como louco a camisinha no seu quarto ate desistir de encontra-la rs. 


Emocionante aquele dia rs. Agora eu sei como é uma camisinha, pensava rs.
E hoje eu digo:
Seu besta era só jogar no vaso sanitário e dar descarga. 
Concerteza ela ia embora!!! rsrsr




 

domingo, 24 de outubro de 2010

Qual a Importância disso?


No IBGE 2010 vão ser contabilizados os casais homossexuais que declararem, no questionário de perguntas, que moram no mesmo domicílio em união estável.  

Qual a importância dessa declaração pra você? 

O que vai mudar com o resultado?

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Ajude a mudar o mundo: Toque no seco




Ajude a mudar o mundo se mobilizando a favor de uma consciência ecológica e um desenvolvimento sustentável do nosso futuro.
Pequenos gestos fazem toda a diferença.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Suicídio...

Duas semanas se passaram e parece que as coisas vão dar certo. Agora parece que o Tarcísio decidiu de verdade em estar do meu lado. Que bom rs. Mas hoje eu não queria falar de nós dois. Estive pensando sobre como na vidas das pessoas ao nosso redor passa tão rápido e não percebemos seus problemas, seus medos, sonhos e anseios. Onde moro são doze casas, doze moradores, doze pessoas com seus problemas, seus sonhos e ... Mas o que é interessante é que apesar de vizinhos, praticamente nunca nos encontramos. Existem dias em que não tem como saber se a pessoa do corredor é ou não morador do prédio. Se possuímos a dificuldade de saber quem é nosso vizinho, como saber do que ele precisa? E ele precisa? Isso eu não sei, mas concerteza algum dia ele deve ter necessitado de alguma ajuda. 
Tenho um vizinho chamado Jeferson, ele é bem extrovertido e acredito ser o único que conhecer todos do prédio. Um certo dia comecei a observar que em sua casa sempre aparecia um menino. Não lembro o seu nome. O que me chamou atenção era sua voz forte, viril, um locutor nato. Com o tempo descobri que ele e o Jeferson estavam namorando. Ambos estudantes de graduação de uma excelente universidade federal. Ele, um dos melhores alunos da turma. Sempre passava por ele na universidade, no supermercado, na rua e nunca tive coragem de falar um oi.   Nunca existiu nem um sorriso de canto dos lábios. Daqueles sabe? Aqueles que damos quando encontramos uma pessoa conhecida na rua. Enfim os dias foram passando e sempre estava ele na casa do Jeferson. Ate que, não sei por quais motivos, as visitas ficaram mais raras. 
Um dia estava dormindo com a janela do meu quarto aberto e ouvi vozes ao fundo. Vozes baixas e confusas que chegavam a me confundir ao ponto de não saber mais se ouvia de verdade ou estava sonhando.

"Morreu..."
     
          "Por que será.."
                            
                              "Agora é com ele e Deus..."
                                       
                                                        "Vamos pedir a Deuss..."




Acreditei que estava sonhando e continuei dormindo ...  Não foi sonho, foi real!!! Depois de ter acordado e me deslocar para a faculdade descobri que meus sonhos nunca existiram. Infelizmente tinha sido tudo real. Aquele menino, o qual eu nem sabia o nome, que não tinha falado oi e nem mesmo manifestado um sorriso amarelo para ele, tinha cometido suicídio. 



Ninguém nunca soube o porque. Quais os motivos que levaram ele a fazer isso? O que se sabe é que na manhã do acontecido a família acordou como sempre, tomaram café juntos, felizes e reunidos como sempre. A verdadeira família sem problemas mas feliz. Todos foram trabalhar e ele ficou em casa. Ninguém sabe o porque, os motivos, como aconteceu mas aconteceu. Naquela manhã o menino que não sabia o nome realizou suicídio. Depois disso todo mundo passou a saber seu nome, era Michel, a saber que era um bom filho, bom namorado, que tinha uma família perfeita e que era o melhor aluno da turma. O que será que aconteceu? Isso não saberemos...
Mas o que ficou em minha mente por muito tempo não foi a curiosidade em saber o(s) motivos (s) que determinaram o acontecimento. O que ficou martelando minha mente foi: Será que se eu sorrisse pra ele, se falasse oi para ele, tinha feito diferença em sua vida? Eu queria ter ajudado ele, nem que seja um pouco, com seja lá o que ele precisasse para viver. Hoje tento ser mas aberto a ver as necessidades das pessoas ao meu redor. Até mesmo necessidade mínimas de nossos familiares, nossos amigos, nossos amores. Eu quero esta aberto a ajudar seja quem for com meu melhor. Que possamos andar abertos a vivenciar a necessidade do próximo e tentar ajuda-los. Nem que seja com um belo sorriso ou um abraço apertado ou uma palavra de carinho ou com um simples bom dia. E a você meu caro leitor que chegou ate aqui no fim dessa postagem meu muito obrigado e um grande e carinhoso abraço.


quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A volta e a Primeira Parada Gay - Parte 2

Depois do almoço tudo parecia ocorrer dentro da normalidade rs. Um novo burburinho começou dentro de casa. Banho, roupa, perfume. Era só agitação...
- Vamos agitar hoje pessoal!!!!
- É...!!!
A mãe do Tarcísio emprestou o carro e estávamos animados. No carro iria eu, Tarcísio, a Paula, o irmão de Tarcísio e seu amigo verdura. Tudo ocorria bem ate o vento soprar e trazer uma nuvem enorme que desabou bem em cima de nossas cabeças. Chuva, muita chuva. Nunca vi chover tanto assim tão derrepente. Desanimamos um pouco. Principalmente porque a mãe do Tarcísio já estava querendo cortar a liberação do carro. Mas assim como chegou a chuva ele foi embora, derrepente, graças a Deus. Então antes que a chuva voltasse entramos no carro e acenamos pra mamãe do Tarcísio. Foi só dobrar a esquina e a chuva voltou. Trinta segundos depois o telefone toca:
- Alô!!!
- Filho?
- Oi mãe.
- Pelo amor de Deus!!! Cuidado! Vai devagar. Não deixa o carro na rua. Não...
- Ta bom mãe. Eu sei. Eu sei mãe. Xau.
Enfim, coisas de mãe. Caminho a frente. Som alto. Música gay (Lógico!!!!). 
- ihoooo!!!! I will survive...

Vocês já perceberam como a cidade muda no fim de semana da parada? A cidade muda completamente. Na noite anterior têm os eventos da pré-parada. O centro lota e tudo fica colorido e purpurinado. Em todos os lugares têm fila e mais filas. Naquela tarde fiquei observando enquanto passava pelas ruas ate chegar ao centro como era diferente o comportamento das pessoas, como o público das ruas mudava desde os bairros ate o centro. Foi legal ver tudo isso... Chegamos ao centro e logo logo começou a parada. Caminhamos entre os trios elétricos vendo todo aquele povo livre, leve e solto. Tudo parecia normal até começar o show na praça depois da caminhada.  Eu estava abraçado com o Tarcíso e trocamos um molhado e belo beijo. Derrepente paramos o beijo com uma confusão ao nosso lado. Quando olhamos era nossa amiga Paula brigando com uma velha que ao ver nosso beijo começou  a nos criticar.
- Que é isso minha senhora. A senhora ta numa parada gay. Se não quer ver dois homens se beijando fica em casa... Dizia Paula.
Acho que os dois homens que estava com a senhora ficou com medo de nossa amiga e ficou quetinho tentando sair de mansinho. Enquanto isso a senhora morrendo de medo de apanhar da minha amiga tentava fingir que não tinha falado nada. Que era ela que estava louca. Logo os dois homens saíram com a senhora e os ânimos voltaram ao normal rs, mas a Paula não. Acho que ate hoje ela tem raiva da velhinha rs. Não demorou muito e logo o telefone tocou. Era a mamãe do Tarcísio ligando e ordenando para voltarmos para casa. Contrariados como sempre, por voltar cedo para casa, entramos no carro e nos direcionamos para casa. Ao chegar em casa cansados, apenas dormimos rs.
Que soninho bom!!!!

terça-feira, 12 de outubro de 2010

A volta e a Primeira Parada Gay - Parte 1

Acordei no domingo com o pensamento que a qualquer momento a campainha da casa podia tocar. Fiquei na cama rolando e pensando em tudo que tinha acontecido. Era isso que eu queria pra minha vida? A única certeza que eu tinha era que ele tinha que mudar e que essa mudança não iria acontecer do dia para noite. Cansei de rolar na cama e meus pensamentos não me deixavam ate que a campainha tocou. Levantei com minha cara de sono e fui atender a porta fazendo carão de bravo. Ao abrir a porta minha cara desarmou. Não esperava quem apareceu.
- Oi, tudo bom? Entra ai... Era a mãe do Tarcísio rsrs. Delicadamente ela entrou e sentou na minha cama. 
- E ai meu lindo o que foi que aconteceu? 
- Ah!!! O Tarcísio com grosseria...
- Eu estava no quarto me arrumando pra sair e ouvir um grito mas não entendi o que aconteceu...
- Ah!!! O Tarcísio me tratou mal. Ele acha que pode fazer o que quiser. Falei pra ele que não sou o cachorro dele que ele pode tratar como quiser e ...
- Eu sei, o Tarcísio é assim mesmo. Já falei pra ele que ele tem que mudar e... Enfim, vamos almoçar lá em casa.
- Ah deixa eu pegar minhas coisas. 
Não esperava que eu ia pra casa dele por tão cedo mas me rendi ao encantos da sogrona rsrsrsrs. Entrei no carro e nos dirigimos para a casa dele. Chegando lá o lerdo estava no computador olhando o site de relacionamento dele. Olhando pra mim ele sorriu e falou passando mão na minha cabeça:
- Tudo bem bebê. Senti saudades.
Nossa que raiva. simplesmente me deu vontade de bater nele rs. Como podia ele fazer o que fez e no outro dia fingir que nada aconteceu? Só porque dormiu e e acordou nada mais aconteceu? Ah sei não viu. Para o mundo que eu quero descer!!!!! Enfim, ele ficou todo feliz e almoçamos. 
Logo mais após o almoço aconteceria a parada gay em nossa cidade e eu estava louco de vontade de conhecer como era. Nunca tinha ido e a curiosidade de ver como acontecia me deixou louco para ir ate o centro. Eu precisava ver...




segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Hora de mudar

Tudo o que estava acontecendo em minha vida ainda era muito novo. A forma como o Ariel cuidava de mim, me dava atenção, concelhos, estas coisas... Eu estava na fase transitória ainda, pois tudo que é novo nos assusta e estas mudanças em minha vida ainda me assustavam um pouco.
Ariel começou a passar os finais de semana em minha casa, isso me dava esperança, me enchia de alegria, mais no fundo eu ainda estava com medo, pois ele já havia me avisado que ligo em breve talvez voltaria pra sua cidade, de baixo das asas de sua mãe. Eu o entendia pois ficar longe de quem gostamos não é fácil. Ainda mais a família de Ariel que é mais unida do que qualquer outra coisa.
Mais enfim... Refletindo agora em minhas atitudes pela primeira vez, escrevendo este artigo pra vocês, pude ter certeza de uma coisa, eu o tratava como se fosse seu dono (eu acho isso) pela forma como eu agia com Ariel. Sempre a minha opinião primeiro, quando saíamos era onde eu queria... Credo, como será que ele me suportava? Isso não sei, mais ainda vou perguntar pra ele. Meu avô me falava que paciência tem limites e a de Ariel comigo estava se esgotando. Eu fala auto com ele, as vezes até meio grosso, e mesmo assim... É, ele é digno de ser tratado como rei, eu já teria explodido a tempos.
Mais enfim, como Ariel contou pra vocês ele não merecia isso mesmo. Quando ele pegou as coisas dele e foi embora sem me falar nada, eu entrei em desespero. Pensei comigo, pronto ele vai e não volta mais. Ele pegou um moto taxi foi embora e eu louco atrás dele (rsrs) à pé, fui na casa dele, sozinho quase 11 da noite, pra falar com ele.
Nossa amiga me ligando pra saber onde eu estava, e ligando pra ele pra saber de mim também, porque eu tinha sumido e não atendia as ligações e muito tempo já havia passado. E eu sozinho perambulando na rua vi minha felicidade entrando pelo ralo literalmente.Mais pensava no que faria agora, pois pensava que precisava mudar e rápido, não queria perder o Ariel.
Mas, graças a Deus tudo se resolveu depois. Com custo, mais resolveu.
E isso foi o ponta pé inicial pra que a mudança de verdade acontecesse. Ou pelo menos era o que eu achava. Mudei algumas coisas em minha vida depois disso, alguns amigos, meu jeito...
Eu em minha inocência ou ignorância achava que estas mudanças estavam de bom tamanho. Ariel sempre me dando toques e eu despercebido. Mais enfim acordei naquele momento. Isso por sí só já me bastava.
Bastava a mim e não a ele.

domingo, 10 de outubro de 2010

O preço do grito

A cada dia que passava eu ganhava um pedaço do meu querido Tarcísio. Aos poucos ele percebeu que podia confiar em mim. Que algo diferente do que ele estava acostumado estava acontecendo. E eu, eu queria protegê-lo, mostra a ele que o mundo é muito mais do que um mundinho triste. Que não é porque um relacionamento deu errado que todos vão dar errado.
Os dias passaram e agora todos os meus finais de semana eu passava com a família do Tarcísio. Era um mundo diferente. De segunda a sexta eu vivia um mundo hetero na faculdade onde tudo era estudar e estudar. Na sexta eu saia do meu "show de Truman" e entrava no meu mundo real. Seria meu mundo real? Eu já não sabia o que era verdade ou fantasia. Seria minha semana hetero ou seria meu lindo final de semana com meu namorado? Ate hoje eu não sei... Bem, mas o que acontecia é que sexta feria era sinal de alegria, de liberdade. Numa sexta-feira de Outubro fui a casa de Tarcísio para passar o fim de semana. Seria um fim de semana normal onde a família dele, eu e uma amiga do casal estaríamos conversando e se divertindo. O sábado foi muito legal. Era muito bom conversarmos, trocarmos carinho, cozinhar juntos. Tudo muito lindo.
- Tarcísio eu vou lavar os pratos.
- Certo. Eu to aqui fora com a Paula conversando. Tudo normal. Tudo lindo. Ate que Tarcísio acredita que pode preparar um simples doce de goiaba com queijo.
- Ariel, toma eu fiz pra você.
- Quero não...
- Mas eu já fiz pra você. Agora você vai ter que comer...
- Mas você tinha que procura pra mim primeiro se que eu queria antes de você fazer. Bastou simplesmente isso para começar a confusão. Acredito que o Tarcísio achou que poderia me tratar como ele tratava seu ex. E logo após a minha fala ele começou...
- Seu grosso... seu &%$$Q#W¨$@!))). Melhor não traduzir.
Naquele momento eu estava conhecendo a verdadeira natureza do Tarcísio. Meu coração gelou. Simplesmente minhas mãos ficaram frias. Não entendi. Porque isso? Será que o que eu falei foi tão sério para ser tratado assim? No mesmo momento ergui minha voz em tom simples e falei:
- Por que você esta gritando pra mim? Por acaso eu sou um cachorro pra você me tratar assim? Se você quer falar assim com alguém vai falar com seus cachorros porque eu não mereço isso não. 
O Tarcísio gelou. Ele e nossa amiga Paula ficaram assustados e foram em direção à sala de TV. Calmamente, com forte dor no peito, se eu pudesse tinha matado ele, terminei de lavar os pratos, limpei a pia, fui ao quarto e arrumei minhas coisas. E sutilmente olhei para a porta da cozinha e caminhei. Passei pela garagem e pelo portão e fui embora. Pelo menos na minha casa eu escuto o que eu quero... passos, raiva, mais passos e mais raiva...
- Onde está Ariel. Perguntou a mãe de Tárcísio percebendo que algo estranho estava acontecendo. 
- Esta no quarto mamãe. Deve esta descansando.
- Não está não. Eu vi ele pegar as coisas dele e ir embora. O que foi que aconteceu? Tarcísio desespera-se e vai ao quarto com a esperança de me encontrar. Ao abrir a porta percebeu que não foi apenas eu que sumi. Tudo que era meu já não existia em seu quarto.
- Mamãe o Ariel foi embora.
- Eu falei pra você... você
- Me empresta o carro pra eu ir buscar ele...
- Eu mesmo não. Você apronta e agora quer que eu resolva. Se vira...

Tarcíso desesperado sai pelo portão e tenta ver, tenta me encontrar. Eu estava longe nesse momento. Então ele corre ao meu encontro. No meio do caminho eu olho para atrás e vejo alguém em desespero correndo em minha direção. 
- Ariel, Ariel me espera. Vamos conversar.
- Não.
- Ariel, pelo amor de Deus para de andar. Senta aqui. Vamos conversar. A conversa é a base do relacionamento. 
- Conversa com seus cachorros eles devem te entender melhor do que eu. (coitados nem os cachorros merecia isso).
- Ariel por favor, por favor..
Nesse momento chego a um ponto de moto táxi.
- Uma moto por favor...
- Para aonde senhor?
- Para o bairro aqui vizinho. Subi na moto e fui embora. Não olhei para trás. Não sei o que Tarcísio fez a partir dai. O que eu sei é que ele não foi para casa. Algum tempo depois, já em casa, recebo uma mensagem de Paula, que sem entender o que tinha acontecido, enviou uma mensagem para meu celular perguntando por Tarcísio. Pensei. 
- Não sei e nem quero saber. Então dormi...

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Esquecendo o passado e recomeçando...

Por mais que eu queria Ariel em minha vida, eu não o conseguia fazer isso. Lhe apresentei a minha família, lhe chamei pra dormir em minha casa; enfim ...
Ai, me doía tanto saber que eu o queria e não podia por medo de errar de novo, por medo de não poder corresponder as suas expectativas, por medo de sofrer por alguém de novo, por medo de ser traído novamente, por medo de ser humilhado, por medo de ter alguém e não ter ao mesmo tempo, de conhecer e não conhecer esta pessoa, e acima de tudo não queria me apaixonar por alguém agressivo que na primeira briga de relacionamento séria me levantasse a mão pra me dar um soco na face.
Eu tinha tanto medo de...; sei lá, medo, apenas medo e nada mais!
Eu ainda por dentro era um menino sonhador que tinha planos de ter uma família, um lar, um alguém pra amar e cuidar e ter alguém pra me amar e cuidar de mim, fazer a minha faculdade ser bem sucedido em tudo na minha vida. Só que neste momento de  minha vida quando conheci o Ariel estes planos estavam morrendo e me machucando aos poucos. Eu não queria mostrar pra ele ser uma pessoa fraca, queria que Ariel visse em mim um cara forte, decidido no que quer e acima de tudo responsável.
Qualidades que no momento eu não possuía, pois os meus medos as escondia.
Mesmo assim comecei a me entregar pra este cara que só queria o meu bem e só me mostrava isso com suas atitudes e falas...
Sei que ele sabia que teria trabalho pra me conquistar e mesmo assim ele preferiu arriscar e jogou todas as fichas pra ver no iria rolar.
Eu vendo tudo isso, vendo o que estava acontecendo em minha volta, Ariel cuidando de mim e cativando a minha família; me fez ver que quem anda pra traz é caranguejo. rsrs
Me fez acreditar que eu seria capaz de recomeçar tudo de novo.
Vesti a roupa da coragem e fui seguindo em frente, bem devagar mais eu fui....
Estava decidido a esquecer o passado e me entregar a esta nova paixão que só me fazia bem.
Só não sabia o que fazer com o sorriso em meu rosto que corroía a minha angustia por dentro.


                          




domingo, 3 de outubro de 2010

Comprometidos...


Toda confusão em minha mente foi aumentando ao passar dos dias. Ate que sufocado com minhas dúvidas intimei Tarcísio a uma conversa:
- Ou, você pode me explicar o que esta acontecendo. Qual é a sua hein? O que você quer da vida? Tá pensando o que? Quer brincar de relacionamento vai brincar com outro por que comigo a coisa é séria. Sou moleque não meu filho, se não quer vaza!!! Pegue linha...
Rá rs. O moço abriu bem seus olhos assustados e sem saber o que fazer chorou, simplesmente chorou. Acredito que ele nunca esperava que eu fosse tomar essa atitude. No canto da parede Tarcísio não sabia se enfrentava seus medos e assumia o relacionamento ou se literalmente colocava as suas mãos em seus bolsos e ia embora. No meio de sua confusão Tarcísio tentava explicar-se. Falava sobre seus medos, seus anseios mas principalmente se confundia todo em seus argumentos não conseguindo chegar a lugar algum com eles. Acredito que o máximo que ele conseguiu foi sair do meu quarto de pensão tendo a certeza que precisava tomar uma decisão. O que fazer?
Dias passaram e aos poucos Tarcísio se entregava aos meus encantos. A cada dia tinha um novo pedaço do Tarcísio para mim. Mas eu o queria por completo o mais rápido possível. Seria possível Tarcísio comprometer-se comigo por inteiro? A certeza que eu tinha é que apesar da minha ansiedade pelo seu coração não poderia cobra-lo intensamente. Ninguém se entrega totalmente a um relacionamento em pouco tempo. Amor se conquista, se contrói com carinho, cumplicidade, verdade e tempo, tempo!!!



Por muito tempo andei sozinho.
Senti dor, cansaço, solidão.
O que eu queria era alguém para andar comigo por essa praia deserta. Pegue em minhas mãos. 
Esqueça o passado... Se entregue!!!
Siga-me!!!


sábado, 2 de outubro de 2010

Primeiro Jantar... Por Ariel

Demorei muito tempo pra perceber que tudo que Tarcício fazia tinha um sentido, uma razão. Seus atos começaram a ser justificados, pelo menos era o que parecia ser, a ser entendido pelos meus sentimentos. Apesar de estarmos juntos o Tarcísio sempre encontrava uma forma de disfarçar seu medo, de se esconder de mim. Como se ele pudesse conseguir esse feito rs. Na mesma semana que nos conhecemos, o louco do Tarcísio me convidou para ir jantar em sua casa. Mas isso eu nunca iria fazer, é? rs. Isso significaria conhecer a família, estar começando algo oficialmente perante a sociedade. Sociedade essa que se resumiria em sua família e em seus amigos, pois nenhum amigo, nem minha família sabia de minha condição (eu acho ou pelo menos é a forma como eu queria que fosse). Enfim, convite feito e apesar de não querer ir, fui em direção ao seu lar. Ao chegar lá, morri de vergonha:
- Oi
- Oi, Prazer...
E assim conheci mamãe e irmaozinhos rs. Durante o jantar fiquei muito sem graça. Tentei comer o mais rápido possível para que esse primeiro encontro em família pudesse acabar o mais rápido possível. Mas além do jantar o Tarcísio me surpreendeu me convidando para dormi em sua casa. Imaginem, primeira vez que conheço a família dele e já dormiria em sua casa? Não tenho coragem... Criei um monte de desculpas e logo ele e sua mãe foram me levar de carro em casa. Que alívio!!!
Ai começou toda a confusão em minha mente. Passei a não entender o Tarcísio. O que passava em sua mente? O que ele realmente queria de mim? Perguntas como essas não tinham respostas facilmente ou eu não conseguia vê-las. Como podia Tarcísio me chamar para jantar, me apresentar a sua família e ao mesmo tempo fugir do real relacionamento. Ele se escondia, tinha medo ou então estava fazendo charminho... na verdade hoje eu sei que ele estava confuso com tudo que estava acontecendo. Mas tarde descobri que ele não estava solteiro literalmente. Seu ex-marido tinha pedido o "famoso tempo". Aquele Tempo que as pessoas que não sabem o que querem da vida pedem ao seu parceiro sem saber nem o que ele esta fazendo. Não lembro ao certo quanto tempo já tinha passado no qual seu ex nem ligava, nem entrava em contato. Mas Tarcísio não queria dar um passo a frente, tendo outro ficado logo atrás sem ter um fim.Seria isso? Isso somente ele pode esclarecer.




sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Ariel entrando em minha vida...

Olha como as coisas são engraçadas... Quando eu conheci o Ariel não imagina que seria assim. Eu que não queria me envolver com ninguém, acabei me envolvendo aos poucos rsrs.
Me lembro uma vez, fazia apenas 1 mês e meio mais ou menos que estavamos juntos, eu acabara de sair do meu trabalho e fui vê-lo em sua casa. Na época ele morava em um quarto de pensão para estudantes. Ele me chamou pra conversar, pois segundo ele eu estava brincando com sua cara e ele todo simples se entregando a uma paixão e eu nada, pisando na bola com ele. Ariel com o seu tom de voz sempre baixo e me falando coisas que me emocionaram, me emocionaram mesmo, me fez ver que o meu sonho de ter alguém que cuidasse de mim e se preocupasse comigo estava perto de se concretizar, assim como o dele também. Então pude ver que o fim de minha solidão estava acabando, ao contrario de Ariel que já acreditava nisso a um pouco mais de tempo que eu. 
Mesmo assim com toda esta certeza eu ainda estava arredio com ele, não queria sofrer por ninguém. Não queria me apaixonar por Ariel, pois ele em nossa conversa havia me deixado claro que talvez não duraria.
Eu já fui casado por quase 3 anos, e sofri muito com este casamento. Não estava afim de passar por tudo outra vez. Não estava mesmo.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Apresentação... Ariel e Tarcísio...

Julho de 2009, dois jovens entram num site de relacionamento G buscando fazer novos contatos. Ariel navegando por dezenas de perfis se encontra com Tarcísio, 22 anos, 1,82 cm e 75kg, um verdadeiro alvo em potencial, e dá a famosa piscada de olhos. Não bastou muito para Tarcísio retornar com uma mensagem e ambos começarem a se conhecer pelo messenger. Mas o que Ariel não sabia era que Tarcísio não queria algo sério. Seria um passa tempo para ele? Ariel passou acreditar que sim, mas sozinho, carente e numa cidade desconhecida ele sempre lutou para conquistar a atenção de Tarcísio. Após longa insistência, Ariel conseguiu marca um encontro, o tão esperado encontro onde ele poderia finalmente conhecer que era aquela pessoa que se escondia atrás da tela de um computador ou de um aparelho de telefone. Ao chegar ao local de encontro Ariel assustasse com o perfil do esperado Tarcísio. Um verdadeiro Mala era o que parecia ser. Camisa regata, sandália rasteira e com bermudão encontrou  ele a Tarcísio queimando as banderolas da lanchonete com seu humilde cigarro. Mas sem preconceito ou medo Ariel leva Tarcísio à sua casa onde após conversarem se entregam a beijos e carícias. Quando tudo parece esta tranquilo telefonemas insistentes da mamãe do Tarcísio interrompe o momento para que ele possa ir pra casa (Onde você está? Demora não!!! Vêm para casa logo!!! Esta tarde!!!). Ariel agora encontra-se sozinho em seu quarto e ao dormi acredita ter encontrado o fim para sua solidão...